Tem esse livro, A Sombra do Vento, que eu comecei a ler em janeiro de 2010, parei de ler por algum motivo do qual já não me lembro e decidi retomar a leitura desde que ganhei, no Natal, o segundo livro do mesmo autor editado no Brasil pela Suma de Letras. Mais sobre o livro, olha aqui.
E aí que um personagem secundário na história tem tiradas incríveis. No início da história ele é um mendigo fedorento largado numa praça de Barcelona mas ganha espaço na narrativa ao começar a trabalhar na livraria do pai do personagem principal da trama. Descobre-se, mais tarde, que ele é perseguido por um chefe de polícia envolvido em torturas de inimigos políticos do regime franquista. Talvez ele seja um bandido, talvez ele não seja apenas um personagem secundário, enfim, eu ainda não terminei o livro. Mas fico torcendo pra surgir outro diálogo envolvendo o Fermín.
Numa passagem, após um personagem homossexual ter sido preso e sofrido abusos terríveis na cadeia, uma mulher comenta que existem muitas pessoas malvadas no mundo. Fermín manda essa:
- Malvadas não. Imbecis, o que não é a mesma coisa. O mal pressupõe uma determinação moral, uma certa inteligência. O imbecil é um selvagem que não para pra raciocinar, agindo por instinto convencido de que está fazendo o bem, de que sempre tem razão e orgulhoso de sair fodendo tudo aquilo que lhe parece diferente dele próprio, seja em relação à cor, credo, idioma, nacionalidade ou pelos hábitos que as pessoas tem nos momentos de ócio. O que faz falta no mundo é mais gente ruim de verdade e menos espertalhões limítrofes. E não me venham com deus porque a indústria do missal é parte do problema e não da solução.
Em outra passagem, sobre o serviço militar obrigatório, atesta:
- O serviço militar só serve para se descobrir a porcentagem de homens violentos na população. E isso se descobre nas duas primeiras semanas, não é preciso um ano. Exército, casamento, igreja e banco: os quatro cavaleiros do Apocalipse.
Tem mais coisa que esqueci de marcar e não estou com paciência de buscar no livro, até porque deve vir mais coisa por aí.
E aí que um personagem secundário na história tem tiradas incríveis. No início da história ele é um mendigo fedorento largado numa praça de Barcelona mas ganha espaço na narrativa ao começar a trabalhar na livraria do pai do personagem principal da trama. Descobre-se, mais tarde, que ele é perseguido por um chefe de polícia envolvido em torturas de inimigos políticos do regime franquista. Talvez ele seja um bandido, talvez ele não seja apenas um personagem secundário, enfim, eu ainda não terminei o livro. Mas fico torcendo pra surgir outro diálogo envolvendo o Fermín.
Numa passagem, após um personagem homossexual ter sido preso e sofrido abusos terríveis na cadeia, uma mulher comenta que existem muitas pessoas malvadas no mundo. Fermín manda essa:
- Malvadas não. Imbecis, o que não é a mesma coisa. O mal pressupõe uma determinação moral, uma certa inteligência. O imbecil é um selvagem que não para pra raciocinar, agindo por instinto convencido de que está fazendo o bem, de que sempre tem razão e orgulhoso de sair fodendo tudo aquilo que lhe parece diferente dele próprio, seja em relação à cor, credo, idioma, nacionalidade ou pelos hábitos que as pessoas tem nos momentos de ócio. O que faz falta no mundo é mais gente ruim de verdade e menos espertalhões limítrofes. E não me venham com deus porque a indústria do missal é parte do problema e não da solução.
Em outra passagem, sobre o serviço militar obrigatório, atesta:
- O serviço militar só serve para se descobrir a porcentagem de homens violentos na população. E isso se descobre nas duas primeiras semanas, não é preciso um ano. Exército, casamento, igreja e banco: os quatro cavaleiros do Apocalipse.
Tem mais coisa que esqueci de marcar e não estou com paciência de buscar no livro, até porque deve vir mais coisa por aí.
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