quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

:: Acampamento

Aí que eu tive que entregar o apartamento onde eu morava - onde eu morava porque aonde só se usa acompanhando verbo de movimento (aprendi depois de velho com minha amiga professora de português). Mas a obra na minha casa ainda está longe de terminar. A previsão é a primeira semana de março, o que tecnicamente nem é tão longe, mas eu trabalho mentalmente com a ideia de longe para poder evitar frustrações diante de atrasos e para permitir que o pedreiro me surpreenda positivamente.

Sem apartamento e sem casa, meu destino era a rua. Mentira porque eu até recebi propostas de abrigo por parte de amigos. Mas aí eu vim acampar na casa da minha mãe. Ganhei uma porta de armário e a Marina ganhou outra. Meu irmão foi deslocado para a sala porque ele tem cama de casal no quarto e arrumar uma cama de solteiro na sala é mais prático. Isso faria dele mais acampado do que eu e Marina não fosse pelo fato de que ele tem quatro portas de armário e continua tendo acesso a todos os seus objetos pessoais - os meus estão encaixotados e as caixas estão empilhadas em um dos dois únicos cômodos que ficaram prontos na minha casa (junto a elas, estão meus móveis, desmontados e embalados em lona para evitar que uma crosta de poeira se acumule ao longo das próximas semanas).

Pois bem, até o fim das obras sou morador do Flamengo, novamente vizinho da Suzana e vou trabalhar duas vezes por semana de bicicleta. Aceito convites para ir a praia nas manhãs de segunda e terça e para beber uma cervejinha nas tardes de sexta. Pode ser cinema também. Se as aulas de pandeiro forem retomadas, vou e volto caminhando da casa da Marianna, o que me parece saudável e contribui com meu projeto de perder os seis quilos conquistados durante as férias (não me critiquem porque o saldo ainda é bom: mantenho 4 quilos abaixo do meu peso de agosto passado).