domingo, 10 de janeiro de 2010

:: imprevisibilidade

Planejar faz parte da minha essência e às vezes até me aprisiona. Um amigo adora implicar com minha necessidade de, paradoxalmente, antever imprevistos. Agenda sempre foi algo importante pra mim. Eu diria imprescindível, mas seria demais. No ensino médio usei fichário pra organizar minhas anotações do colégio e na frente das divisórias que marcavam as disciplinas acadêmicas sempre havia uma folha onde eu anotava as tarefas e pesquisas a fazer para os próximos dias. Riscar o que foi feito, ticar em vermelho o cumprimento da obrigação: aquilo tinha (tem) um efeito anestésico sobre mim.

Mas adoro ser surpreendido. Positivamente, claro. E este fim de semana foi uma boa surpresa. Eu previa alguns momentos de descontração salpicados por desentendimentos, pequenos conflitos, silêncios constrangedores e tudo o que se pode (?) esperar de um evento em família - e aqui entra o meu parâmetro de família (mãe com 2 filhos de dois casamentos desfeitos casada pela terceira vez com um marido com 3 filhos de um casamento anterior, somando-se aí filhos dos filhos, noras, genros, agregados e amigos). As previsões foram soterradas por um céu de azul intenso que contagiou os ânimos, reuniu a todos ao longo de quase 48 horas servidas à risos e cerveja. Mais risos que cerveja.

Minha vontade era de torcer por um 2010 repleto de imprevistos positivamente surpreendentes, mas isso colocaria a perder toda minha ânsia por imprevisibilidade.

Um brinde a 2010.