Há pouco tempo escrevi sobre as cores das árvores na estrada rumo à Euclidelândia. Aquela viagem foi o prenúncio de um espetáculo diário ao qual eu estava prestes a ser submetido.
Tenho me perguntado se esta primavera está mais colorida do que jamais esteve ou se são meus olhos que estão mais sensíveis às suas cores do que jamais estiveram.
Desde os lugares mais óbvios, como o Aterro do Flamengo, aos mais áridos, como a Avenida Brasil, lá estão eles: flamboyants, bouganvilles e ipês; lá estão eles: brancos, roxos, vermelhos e amarelos; lá estão as cores e as imagens que me fariam parar para admirá-las não estivessem em vias expressas, lugares de passagem.
Ao menos me resta a memória, o disco rígido onde guardo todas as imagens que fotografo com os olhos durante os dias que passam depressa, como os carros nas vias de não-parar.
Tenho me perguntado se esta primavera está mais colorida do que jamais esteve ou se são meus olhos que estão mais sensíveis às suas cores do que jamais estiveram.
Desde os lugares mais óbvios, como o Aterro do Flamengo, aos mais áridos, como a Avenida Brasil, lá estão eles: flamboyants, bouganvilles e ipês; lá estão eles: brancos, roxos, vermelhos e amarelos; lá estão as cores e as imagens que me fariam parar para admirá-las não estivessem em vias expressas, lugares de passagem.
Ao menos me resta a memória, o disco rígido onde guardo todas as imagens que fotografo com os olhos durante os dias que passam depressa, como os carros nas vias de não-parar.
4 comentários:
>=D Eu não tenho aula com vc na sexta! Ha!
Pois é, também tenho reparado bastante nessas coisas. Até mesmo os prédios e as imagens mais urbanas estão diferentes pra mim.
Já tô fazendo um álbum :)
"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto"
Embora eu saiba que existam muitas coisas merecedoras de uma observação mais profunda (ou nem tão profunda assim, mas apreciadora, ou as duas), eu acho consideravelmente difícil encontrá-las. Talvez isso tenha alguma ligação com a rebeldia remanescenete em mim. O que parece costumeiro aos olhos - e só parece, porque, enquanto o "costumeiro" digno de observação estiver em vias de passagem, sempre terá algo de novo para ser olhado nele, até os olhos estarem de fato acostumados com cada detalhe - pode esconder uma cor ou uma imagem que mude muita coisa. Uma primavera inteira, quem sabe. Uma primaveira que deixe como fruto um olhar mais apurado para ser usado durante as outras estações.
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