sábado, 3 de novembro de 2007

:: Somos o que pensam de nós (?)

Mais cedo ou mais tarde acabamos nos tornando aquela pessoa que os outros pensam que somos. Era mais ou menos isso que dizia a personagem principal de 'Memória de Minhas Putas Tristes', do Gabriel Garcia Marquez, que li este fim de semana. Fiquei pensando sobre a frase e não cheguei ainda a uma conclusão definitiva, se é que existem conclusões definitivas (acho genial o modo como o Roberto Lobato termina seus textos: 'para não concluir'). Seja como for, é bom que pensem coisas legais de mim porque não quero me tornar uma pessoa com a qual eu não gostaria de me relacionar.

3 comentários:

Cris disse...

Nossa, penso muito sobre isso... Até que ponto o que somos é moldado pela expectativa gerada pelos outros do que devemos ou não sermos? Como as experiências constroem o q somos, se eiste algo em nós que vem do berço? Onde estes conceitos se misturam? Lindo blog.. muito inspirado! parabéns!

João disse...

Eu penso que você usa a identidade secreta de um pacato professor de Geografia para esconder que, na verdade, você é um dos maiores funkeiros do Rio de Janeiro.

Eu sei o que as pessoas pensam de mim. Mas preferia não saber.

Heitor Achilles disse...

Nunca!

Somos o que queremos ser.

Para que isso seja verdade o outro deve nos conhecer. "Não há fatos, só interpretações." O que os outros pesam que somos, são apenas interpretações pessoais ou eu diria delírios deterministas.

Como eu queria ter esse poder: fazer com que todos se tornassem quem eu penso que são.

Pobre raça humana! Tão inteligente, mas incapaz de conhecer o outro. Sim, conhecer! Porque se conhece, já somos o que pensam que somos, caso contrário deveria existir algo que garantisse isso.

Mas, fazemos questão de ter nossa própria identidade. Mesmo podendo ser muitos em um, não nos tornamos completamente o que os outros pensam que somos.

No máximo o que pode acontecer é se tornar parecidos com que os outros pensam que somos.

Professor! Você é apenas o que quer ser, e se tornará aquilo que num futuro próximo, acha que é.

Só você conhece inteiramente você.
E por isso se tornará sempre o que pensa que é.