segunda-feira, 20 de julho de 2009

:: Depois do Oásis

Sexta-feira. 18h. É aqui que começa minha jornada. Cerca de 190km me separavam do Chalé No. 2 na Pousada do Mirante, na Vila de Maringá, em Visconde de Mauá. Considerando o movimento típico de uma sexta à noite, a necessidade de prudência e a Serra das Araras no meio do percurso, calculei 3h de viagem. Às 21h eu estaria lá.

Quando olhei para o relógio na tela do celular, marcavam 20h48. À minha direita uma placa anunciava a churracaria Oásis, na saída para Nova Iguaçu, a 800 metros. Eu me jogaria na frente de um caminhão ali mesmo, mas nem suicídio seria possível com uma velocidade média de 2,5 km/h. Tédio, desânimo, inquietação. Tentei relativizar, pensando que muita gente ali estava passando por tudo aquilo só pra chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho. Olhava as caras resignadas nos ônibus abarrotados e me dei conta de que o entrave era parte do cotidiano de muitos. Depois de um telefonema, soube que uma obra era a culpada pelo problemão. Palavras cruzadas, três álbuns inteiros de Madeleine Peyroux e a certeza de que o destino compensaria me fizeram suportar a espera.

Ironica e metaforicamente, o trânsito passou a fluir logo após o Oásis. Era hora de refazer os cálculos. Acho que antes da meia noite daria para chegar. E chegamos.

Frio, muito frio. Lindos casacos esquecidos no fundo do armário finalmente puderam transitar e aquecer. Chocolate quente, fondue, caldo de abóbora com gorgonzola, vinho. Fumacinha saindo da boca. Vidro embaçado. Lareira. Banheira quente com vista pro vale. Também solzinho esquentando pela manhã, trilhas, caminhadas e cachoeiras.

Saldo positivo pro fim de semana. Sem dúvida alguma.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Kevin Johansen

Em novembro de 2008 uma pessoa muito querida me indicou alguns músicos. Mais que isso, ela me gravou um cd com vários álbuns. Entre alguns clássicos como o álbum branco dos Beatles, estavam nomes desconhecidos para mim. Não sei se por preguiça ou desconfiança, demorei algum tempo para ouvi-los. E me incomoda saber que poderia ter conhecido o Kevin Johansen com oito meses de antecedência.

Este sábado, passei o dia inteiro aplicando provas num dos colégios onde trabalho. Não há nada mais entediante que aplicar provas. Sabendo disso, na sexta, renovei as músicas de meu superpotente projeto de ipod com a incrível capacidade de armazenamento de um giga. Seria minha única forma de relativa distração durante as longas horas de trabalho do dia seguinte. Foi quando resolvi conhecer o Kevin. Fantástico.

Tenho quatro álbuns para ouvir.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

:: Os sons da natureza

Eu dormia profundamente. O friozinho tornava a cama ainda mais aconchegante. O edredon pesava sobre o corpo e dava uma deliciosa sensação de conforto. Pra ficar perfeito só faltava não ter que acordar cedo na manhã seguinte.

Cocoricóóóóóóó

Cocoricóóóóóóó

Eu ainda não sabia distinguir os sons do sonho dos sons da realidade. Precisaria de mais um cocoricó para estar convencido de que realmente havia sido acordado por um galo em plena terra de Noel.

Cocoricóóóóóóó

Um galo. De verdade. Em Vila Isabel. Foda-se acordar cedo. Era perfeito. Que delícia ser acordado pelos sons da natureza.

Eu estava curtindo demais a novidade quando resolvi olhar o relógio.

Três e trinta da madruga! TRÊS E TRINTA!

Galo filho da puta. Sai das profundezas do inferno para cantar no meio da madrugada! Tomara que vire canja. E se não virar eu empalho o infeliz e coloco na estante. juro.

domingo, 5 de julho de 2009

:: Algumas coisas e dramin

Antes de qualquer coisa preciso registrar que 40 gotinhas de dramin resolvem qualquer problema. Se eu tivesse que fazer uma maletinha e fugir, colocaria um livro, duas revistas de palavras cruzadas, um bloco de papel, caneta esfereográfica azul, carteira, celular com carregador, halls de uva verde e um frasco de dramin.

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Quem acompanhou minha tensão pré-mestrado, aguarde: dentro de alguns dias começa a batalha Faber vs. Projeto de doutoramento.

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Eu tô com insônia e por isso não estou me sentindo exatamente incomodado, mas meu vizinho chegou agora mesmo fazendo estardalhaço no corredor e faz uns minutos que ele e uma vadia estão gemendo alto aqui do outro lado da parede da sala.

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A Feira de São Cristóvão é um barato. Sempre que vou lá me divirto muito. É mais pela companhia, eu sei, mas alguma coisa lá ativa o humor da galera.

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Outro dia fui até a videolocadora e me dei conta de que passei muito tempo sem ir ao cinema. Tenho me esforçado em recuperar o tempo perdido. Em sete dias já foram cinco filmes, quatro inéditos pra mim (Estômago, Ensaio sobre a Cegueira, O Leitor e Marley&eu) e um para apresentar à Marina (O menino de pijama listrado).