sábado, 23 de fevereiro de 2008

:: Palavras vazias

Costumo ficar reticente diante de temas da moda, palavras batidas e frases de impacto. Não raro, quando algumas palavras ou expressões são utilizadas à exaustão, perdem seu verdadeiro sentido. Foi assim com a ecologia, foi assim com a globalização. Tem sido assim com o desenvolvimento sustentável, com o aquecimento global e, mais recentemente, com a responsabilidade social.

Fico tentando encontrar responsabilidade social em diversos contextos em que tentam me convencer de que há, ali, responsabilidade social. Conto nos dedos de uma mão as vezes em que a encontrei. Quando uma coisa se aplica a tudo, ela passa a ser nada.

É preciso muita cautela para saber diferenciar ações de verdadeira resposabilidade social daquelas cujo objetivo principal, senão único, é o de cultivar uma imagem positiva diante do público consumidor. Também tentam empurrar goela abaixo medidas compensatórias sob o rótulo da responsabilidade social. Descem rasgando.

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Hoje precisei ser político. Entreguei, representando uma instituição, uma singela homenagem a alguém a quem eu não homenagearia por princípios diversos. É claro que a homenagem não partiu de mim, mas deve ficar ligada à minha imagem por algum tempo. Pouco, espero.

2 comentários:

Heitor Achilles disse...

Meu caro amigo, seja bem vindo a "modernidade". Sim, "modernidade"!

A modernidade capitalista. Em tempos de consumismo, do culto ao individual alguém precisa de popularidade e marketing.

Nada melhor então que ser alguém com responsabilidade social. Engodo! Mas, tudo bem o assistencialismo nos isenta de impostos.

Salve a acumulação de capitais!

Melhor parar por aqui. Mesmo porque até Fidel se aposentou. Aliás, tudo isso que acabei de dizer ironizando, são só idéias... Idéias ultrapassadas. Fazer o quê ...

Ah! "Relaxa e goza!" Enquanto isso ...

Tatiana disse...

Faber, foi lindo ver você entregando aquela plaquinha! Huahuahauh